Crítica: ‘A Hora do Espanto’(1985), de Tom Holland

O diretor Tom
Holland traz ao espectador um filme de terror diferente dos que permeavam a
década de 1980. Buscando inspiração em Hitchcock, utilizando o aspecto voyeur
presente em ‘Janela Indiscreta’(1954), e nos filmes do gênero da década de
1930, Holland entrega ao seu espectador um belo filme, sem, entretanto, perder
a aura trash presente na melhor década do terror nos cinemas.
O filme conta
a história de Charley Brewster,
um adolescente um tanto quanto paranoico, que adora assistir ao programa de Peter Vincent
na televisão, um famoso caçador de vampiros (ou, pelo menos, é o que ele diz ser). Em uma bela noite, tentando
avançar sexualmente com sua nada menos estranha namorada Amy, Charley avista a
chegada de seus novos vizinhos, o charmoso Jerry Dandrige
e seu fiel companheiro Billy Cole,
carregando o que aparentava ser um caixão. A partir deste momento, qualquer
impulso sexual presente no adolescente desaparece, sua única preocupação agora
é investigar sobre os residentes da casa ao lado. Concomitante a chegada dos
vizinhos, uma série de assassinatos começam a acontecer na cidade. A trama
então se concentra na dissolução desta investigação e nas implicações que a
situação implica no relacionamento de Charley com sua namorada e seus amigos.
A direção
trata logo de deixar claro que ali se encontra um filme de vampiros. A
descrença em cima do adolescente é conservada apenas pelos personagens do filme
que o cercam. Holland faz com que o espectador veja o filme pelos olhos do
adolescente, enxergando exatamente o que ele vê, jamais tomando Charley como um
maluco influenciado pelos programas que assiste.
Aliás, o
trabalho que o diretor, também responsável pelo roteiro, exerce aqui é o que
torna ‘A Hora do Espanto’ um clássico do gênero. Tom Holland, que
posteriormente iria dirigir o icônico ‘Brinquedo Assassino’(1988), não peca
pela falta de ousadia. O diretor entrega ao espectador uma série de
tomadas em ângulos diferentes, aproveitando o máximo que o ambiente tem a propiciar.
O orçamento limitado passa longe de ser um empecilho para Holland, sabendo
exatamente emanar um suspense das situações mais simples, como o convite que a
mãe de Charley faz a Jerry Dandrige.
A parte gore do filme serve apenas para pontuar alguns pontos da trama, sem,
entretanto, se fazer a parte mais relevante.
A decisão de
homenagear os clássicos filmes de horror dos anos 1930, com toda a exacerbação do subgênero de monstros e afins, talvez seja o aspecto
mais legal do longa. A construção do vampiro em si e as formas de destruí-lo
repetem o padrão proposto por filmes como ‘Drácula’(1931). O personagem
de Peter Vincent, assim como seu programa de televisão, são oriundos todos de
um tempo que já na década de 1980 não existia mais, despertando um sentimento
nostálgico no espectador.
O elenco do
filme, como um todo, é bem limitado. Temos Amanda Bearse e Stephen Geoffreys interpretando a namorada e amigo de
Charley, no qual ambos têm performances bem limitadas, não oferecendo nada de bom
ao filme, muito pelo contrário, atrapalhando o andamento de algumas cenas.
Na posição de protagonista, contamos William Ragsdale. Ragsdale não destoa de sua dupla de amigos em limitação, mas pelo
menos sua presença aqui não acarreta em maiores problemas para o longa. No
papel do irreverente Peter Vincent, temos o experiente Roddy McDowall. Aqui, o ator tem uma atuação segura e engraçada, servindo como o
verdadeiro alívio cômico do filme. Porém, o grande destaque vai para a
interpretação de Chris Sarandon no papel de Jerry Dandrige. O ator consegue trazer ao filme um
personagem que parece ser realmente temido pelo grupo de adolescentes, passando
com um simples olhar implicações que o resto do elenco não conseguiria fazer em
cinco minutos de diálogos.
‘A Hora do
Espanto’ é um filme que se encontra devidamente registrado no inconsciente
coletivo de todos aqueles que têm mais de seus vinte e poucos anos de idade
devido às repetições incessantes de redes de TV em suas mais diversas sessões
da grade. A junção de uma direção séria e querendo mostrar trabalho ao inerente
trash presente nos filmes do gênero da década é a combinação perfeita para
trazer ao espectador um filme inesquecível.
Nota CI: 6,7 Nota IMDB: 7,1
Filmografia:
HORA do
Espanto, A. Direção: Tom Holland. 1985. 106 min. Título Original: Fright Night.
JANELA
Indiscreta. Direção: Alfred Hitchcock. 1954. 112 min. Título Original: Rear
Window.
DRÁCULA.
Direção: Tod Browning. 1931. 85 min. Título Original: Dracula.
BRINQUEDO
Assassino. Direção: Tom Holland. 1988. 87 min. Título Original: Child’s Play.

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