Crítica: ‘Dublê de Corpo’(1984), de Brian De Palma

Trazendo os
componentes tradicionais de seu cinema, Brian De Palma entrega a seu público um
filme regular, que acaba por explorar o aspecto voyeurístico no ser humano,
fazendo mais uma homenagem a Alfred Hitchcock. Um filme que sofre com problemas
de ritmo constantes e um roteiro que parece ter sido concebido as pressas em
determinado ponto do filme. Apesar dos erros, ‘Dublê de Corpo’ é a última vez
que o diretor entregou uma obra com seu selo de qualidade ao gênero de suspense.

O filme vai
trazer em seu enredo a história de Jake Scully, um
ator de filmes pequenos que, ao sofrer um ataque claustrofóbico em uma cena do
filme que estava fazendo, perde seu emprego. O calvário de Scully se iniciava
aí. Chegando em sua casa, o homem acaba por encontrar sua namorada com outro.
Scully agora estava sem emprego, namorada e casa, já que a residência onde
residia pertencia à namorada em questão.

A trama vai
ganhar forma quando um amigo de Scully, Sam Bouchard,
oferece um lugar para o homem passar algumas semanas até encontrar outra coisa.
Neste local, Bouchard mostra a Scully uma vizinha que gosta de se exibir diante
da janela. Scully desenvolve uma fixação em sua vizinha, espiando todas as
noites a mulher fazer seu “show”. Em uma dessas exibições, Scully acaba
percebendo um homem a espiando de um telhado. É deste momento em diante que se
inicia um jogo de gato e rato onde o único perdedor sempre será o protagonista.
A atmosfera
do filme começa com um dinamismo interessante, mostrando com cautela os detalhes
da vida do protagonista e introduzindo pequenos itens na trama para elevar o
tom de paranoia no espectador. No entanto, após os 30 primeiros minutos, o
filme acaba entrando em um emaranhado de situações e diálogos que demoram a
sair do lugar. Quando vamos perceber, já se passaram mais de 40 minutos e a
trama simplesmente não saiu do lugar. Essa demora acarreta em uma reta final
corrida demais. A partir do momento em que começam a se desmembrar os mistérios
da história, tudo ocorre muito rápido, onde qualquer tipo de “plot-twist”
idealizado pelo roteiro acaba soando muito forçado.

O roteiro do
filme, escrito por De Palma e Robert J. Avrech,
acaba tendo uma ideia inicial muito boa, mas que em algum momento em sua
produção acabou se confundindo em seus próprios caminhos. Essa falta de regularidade
no ritmo do filme é muito em virtude do material entregue, onde os diálogos
passam de longos e bem construídos, para falas curtas e desconexas. Outro erro
contido aqui são as consequências ausentes de sentido de vários atos dos
personagens.
Já nos
inserindo no campo da direção, vamos ter um trabalho que nos remete aos
melhores filmes de De Palma apesar de conter alguns exageros. O diretor faz um
bom uso das cores, em especial do vermelho, para evidenciar, assim como em
‘Videodrome’(1983) de David Cronenberg, a atmosfera pulsante do filme. A
composição dos cenários também agrada muito, sempre com ambientes estranhos e
que evidenciam a aura sexual do filme. A câmera do diretor também trabalha por
sempre nos propiciar o melhor ângulo. Os maiores erros de Brian De Palma se
alocam nas cenas com uma carga sexual mais exacerbada. O diretor prolonga muito
as tomadas, causando desconforto no espectador, não pelas cenas em si, mas pelo
fundo sonoro desmedido.
A trilha
sonora de Pino Donaggio é
um ponto que prejudica na absorção do conteúdo apresentado, se fazendo muito
espalhafatosa e, muitas vezes, tirando completamente o foco da história em si.
A cinematografia do filme, comandada por Stephen H. Burum,
caminha de mãos dadas com a ideia do diretor, conseguindo fazer uma completa
junção entre atores e cenário.

O elenco do
filme, encabeçado por Craig Wasson, Gregg Henry e Melanie Griffith, acaba sendo irregular. Henry e Griffith acabam tendo atuações
convincentes dentro do que o roteiro e a direção ofereceram para eles. Já
Wasson, nosso protagonista, está muito mal no filme. Nas cenas de maior carga
de suspense, com a câmera focada em seu rosto, o ator peca na falta de
expressões faciais coesas, jamais convencendo o espectador.
‘Dublê de
Corpo’ está longe de ser um dos melhores trabalhos do diretor. Está longe de
ser até mesmo um bom filme de suspense. Mas simplesmente por conter todos os
elementos clássicos que fizeram de Brian De Palma um dos maiores expoentes do
gênero depois de Alfred Hitchcock, já faz com que o tempo investido valha muito
a pena.
Nota CI: 6,2 Nota IMDB: 6,8
Filmografia:
DUBLÊ de
Corpo. Direção: Brian De Palma. 1984. 114 min. Título Original: Body Double.
VIDEODROME.
Direção: David Cronenberg. 1983. 87 min.

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