Crítica: ‘Viver e Morrer em Los Angeles’(1985), de William Friedkin

Seguindo a linha de grandes sucessos de sua filmografia, William Friedkin entrega uma obra ousada e movimentada, caracterizando-se como um dos melhores filmes de ação da década de 1980. O filme se vale de uma direção de qualidade, uma trilha sonora que rege os passos dos personagens, uma trama com ausência de clichês e a possibilidade de fugir do que é comum ao gênero dá o charme final à obra. ‘Viver e Morrer em Los Angeles’ possui quase 2 horas de uma ação intermitente, capturando completamente a atenção de seu espectador.

A trama do filme traz a jornada de alguns agentes do serviço secreto local e suas buscas desenfreadas pela resolução de um caso que envolve um falsificador de dinheiro. O filme eleva sua atmosfera quando um dos agentes é brutalmente morto, poucos dias antes de se aposentar, ao investigar uma pista aparentemente fria sobre o caso, deixando seu parceiro completamente obcecado em descobrir tudo sobre o caso.

O início do filme se faz veloz, utilizando, logo em seus primeiros minutos, uma cena bastante movimentada, que serve para nos alocarmos no clima que a obra nos propõe. Esse começo alterna gêneros, onde, apesar de guiar-se na ação, também capturar alguns elementos do suspense, dando momentos de sobriedade a cenas e resoluções da trama que acontecem muito rápidos.

Apesar do filme reger uma aura frenética em seus desnivelamentos, teremos também a possibilidade de nos inserir calmamente nas motivações dos personagens, em especial de seu protagonista, para agirem de determinadas formas. Essa forma de esmiuçar todo o comportamento dos personagens acaba trazendo mais substância à trama que estamos acompanhando, fazendo o espectador se importar com cada um dos envolvidos.

Outro ponto interessante para se acompanhar, é a forma que se desenrola a investigação sobre os acontecimentos do filme. Aqui, a trama decide dividir os acontecimentos em cerca de dois meses, informando sempre o espectador, assim que alteramos de cena, o dia em que determinado evento acontece. Esse modelo fica ainda mais interessante quando decidimos analisar a desconstrução de cada personagem em meio a esse período de tempo.

É importante aqui fazer um paralelo sobre a quantidade de personagens que o filme decide destrinchar. Geralmente, uma trama comum se apega a duas ou três figuras do filme para analisar e guiar a obra. Aqui, no entanto, teremos as jornadas de seis personagens investigadas de uma forma bastante competente. Cada um com motivações, formas de agir e comportamentos diferentes. A única coisa que não se altera em todos os personagens é a figura da degeneração psicológica a que todos passam nesses dois meses que o filme abrange.

A reta final da obra é um deleite para o espectador. Veremos uma troca de posições entre os personagens, onde heróis se transformam em vilões. A figura da obsessão sem limites, que permeia todos os responsáveis pelas investigações, em especial o protagonista, acaba condenando seus passos futuros, levando-os a diversas atitudes surreais. Essas atitudes culminarão em cenas finais que fogem a todos os clichês do gênero.

Adentrando ao campo da direção, William Friedkin conduz um trabalho muito bom. O diretor utiliza de alguns conceitos que deram certo anteriormente em sua filmografia, como as perseguições de automóveis frenéticas de ‘Operação França’(1971), a iminência de que algo pode acontecer a qualquer momento, assim como ‘O Comboio do Medo’(1977), e algumas cenas que emitem bastante tensão ao espectador, utilizando de planos densos e cadenciados, como em ‘O Exorcista’(1973).

Vale também destacar mais dois itens da arte técnica: a bela fotografia (dirigida por Robby Müller) quente que insere o espectador a toda aquela atmosfera conturbada, prezando por planos que exponham toda a confusão que rege os personagens, e a trilha sonora espetacular, conduzida por Wang Chung, que guia todos os trajetos do filme, sempre aderindo a composições elétricas e pulsantes.

O elenco segue todo padrão de qualidade do resto do filme. Aqui teremos uma grande escalada de atores competentes, como William PetersenWillem DafoeJohn Turturro e Dean Stockwell. No entanto, o destaque, sem dúvidas, vai para Petersen e Dafoe, promovendo um embate frio. Ambos interpretam personagens opostos, um muito temperamental e o outro calmo e tranquilo, com atuações competentes.

Viver e Morrer em Los Angeles’ é um filme que decide fugir do que há de mais tradicional do gênero, propiciando ao espectador escolhas incomuns e inesperadas. O filme passa de maneira rápida, parece ter muito menos tempo do que realmente possui, sem, no entanto, tornar-se superficial. Um dos melhores filmes da década correspondente e um dos filmes de ação mais positivos do gênero.
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